PERSONALIDADES DE MONTES CLAROS – Carlos Prates, um dos maiores cineastas do Brasil

Montes Claros tem a honra de ter entre seus filhos um cineasta bem afamado. Trata-se de Carlos Alberto Prates. Nascido na nossa “Princesinha do Norte”, em 1941, ainda bem jovem foi para Belo Horizonte, onde começou sua bem sucedida carreira de profissional da sétima arte, atuando, de acordo com o site Enciclopédia Itaú Cultural, como crítico de cinema no Jornal Diário de Minas. O ano era 1962.

O ano de 1965 foi muito significativo para Carlos. Foi quando ele ajudou a criar o Centro Mineiro de Cinema Experimental (CEMICE). O primeiro fruto desse projeto foi o curta-metragem “O Milagre de Lourdes”. Um ano depois, em 1966, inicia sua experiência cinematográfica como continuísta no filme “O Padre e a Moça”, de Joaquim Pedro de Andrade. Foi nesse período que Carlos mudou-se para o Rio de Janeiro.

Em 1968, dirigiu o episódio “Guilherme” do filme “Os Marginais”. No ano de 1969, volta a trabalhar com Joaquim Pedro de Andrade, como assistente de direção em “Macunaíma”.

A década de 1970 começou bem movimentada para Carlos. Como diretor de produção, trabalhou em “Os inconfidentes” (1972 ), “Vai Trabalhar Vagabundo” (1973),  “Guerra Conjugal” , “Ajuricaba” (1977) e “Se Segura Malandro” (1977).       

Ainda na década de 1970, Carlos teve destaque com as produções de “Crioulo Doido” (1973) e “Perdida” (1975). Com este último recebeu dois prêmios de melhor filme: Coruja de Ouro, do Instituto Nacional de Cinema; e Golfinho de Ouro, do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro.    

Os anos 1980 foram gloriosos para Carlos. No começo da década, sua produção “Cabaret Mineiro” recebeu os prêmios de melhor filme, ator, atriz, fotografia, montagem e trilha sonora no Festival de Gramado. Em 1984, “Noites do Sertão” é agraciado com os mesmos prêmios em Gramado, além dos troféus de melhor figurino, cenografia e técnico de som.

Em 1990, “Minas, Texas” recebe, no Festival de Brasília, os prêmios de melhor roteiro, fotografia, trilha sonora, atriz e ator coadjuvante.  Em 2007, “Castelar e Nelson Dantas no país dos Generais”, documentário em que faz uma revisão do cinema mineiro sob o regime militar nos anos 1960 e 1970, foi seu último trabalho para o cinema.

Carlos Prates faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 2023.

ASCOM | Texto: Hélder Maurício | Fotos: Divulgação

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