DENGUE EM MONTES CLAROS – Novo levantamento mostra melhoras na cidade, mas não podemos relaxar

A Prefeitura de Montes Claros divulgou o resultado do segundo LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti) realizado em 2024. Seguindo o cronograma do Ministério da Saúde, o levantamento, feito entre os dias 24 e 27 de maio, apurou um índice de 4,4%, ou seja, a cada 100 casas pesquisadas pelos agentes do Centro de Controle de Zoonoses, 4 a 5 casas apresentaram criadouros do mosquito Aedes aegypti.

Com o atual cenário, o Município de Montes Claros fica classificado com uma situação de alto risco para transmissão de arboviroses, conforme parâmetros do Ministério da Saúde que preconiza índice inferior a 1% como baixo risco, 1% a 3,9% médio risco e acima de 3,9% alto risco de infestação.

Vale destacar que a primeira pesquisa do índice de infestação deste ano, realizada no período de 15 a 9 de janeiro, havia apurado um índice de 8,3%. 
Conforme orientação do Ministério da Saúde, a cidade foi dividida em 25 estratos, cada um deles com o mínimo de 8.100 e máximo de 12 mil imóveis, ficando após a pesquisa classificados da seguinte forma:
Número de estratos com baixo risco de infestação (índice inferior a 1%): 00
Número de estratos com médio risco de infestação (superior a 1% e inferior a 3,9%): 10
Número de estratos com alto risco de infestação (superior a 3,9%): 15

DEPÓSITOS PREDOMINANTES – Os locais em que foram encontrados criadouros do Aedes aegypti com maior frequência foram:
Depósitos móveis: vasos c/ plantas aquáticas, frascos com água, pratos de suporte para plantas, recipientes de degelo de geladeiras, bebedouros de animais, reservatório de climatizadores. : 46,4%.
Depósitos fixos: tanques de alvenaria, depósitos em obras, piscinas, sanitários em desuso, caixas de passagens, ralos, canaletas e peças arquitetônicas: 30,2%.
Depósitos ao nível do solo: Armazenamento de água para consumo doméstico (barril, tina, tonel, tambor, depósito de barro, tanque, poço, cisterna, cacimba, etc.): 18,4%.


RECOMENDAÇÕES PARA EVITAR A PROLIFERAÇÃO 

  • Providenciar limpeza periódica (1 vez por semana) e vedação dos tambores, tanques, e qualquer outro tipo de reservatório a nível do solo, usar toda a água reservada em período menor que o ciclo de reprodução (7 a 10 dias) do mosquito;
  • Limpar periodicamente os ralos e caixa de passagens bem como providenciar nivelamento correto e usar telas quando necessário;
  • Destinar o lixo para coleta pública;
  • Escoar a água dos pratos de planta;
  • Limpar e drenar calhas, lajes principalmente em períodos que antecede e durante as chuvas, se possível ajustar o nivelamento proporcionando uma queda de água apropriada;
  • Tratamento adequado em piscinas mesmo que não esteja em uso;
  • Limpar periodicamente lotes vagos de sua responsabilidade bem como quintais de residências e dependências dos imóveis comerciais, indústrias e outros.

ATIVIDADES DE CONTROLE QUE ESTÃO SENDO REALIZADAS

  • Inspeções domiciliares para eliminação mecânica e química de criadouros do mosquito, incluindo os dias `D’ com intuito de recolher o maior número possível de materiais inservíveis;
  • Atividades educativas para orientar a população como evitar focos do vetor;
  • Aplicação de inseticida espacial para eliminação dos insetos adultos em locais onde ocorreram casos suspeitos de arboviroses;
  • Sensibilização das instituições público-privadas, parceiros no Comitê Municipal de Combate a Dengue e Mobilização Social;
  • Parceria com todos os meios de comunicação: TV, Rádio, Imprensa escrita e redes sociais;
  • Disponibilização de canais de atendimento às denúncias da população sobre focos do mosquito através do telefone 2211- 4400 ou 0800 283 3330 (Disque Dengue).

É importante ressaltar que o controle de um inseto tão domiciliado quanto o Aedes aegypti, haja vista que 97,92% dos focos foram encontrados nas residências, depende fundamentalmente da participação da população, que deve estar mobilizada e consciente de suas responsabilidades para reduzir o risco de doenças transmitidas pelo Aedes, pois a Prefeitura de Montes Claros tem realizado todas as medidas preconizadas pelo Ministério da Saúde para controlar essas doenças em nossa cidade.

ASCOM | Texto: Rubens Santana | Fotos: Fábio Marçal

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