Orfanato de Montes Claros agora é casa de proteção básica, ouça entrevista com a diretora Marina Francisco Gardim

O Lar Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (orfanato) é uma instituição septuagenária. Funcionou como casa de abrigo por vários anos, mas agora é uma casa de proteção básica atendendo crianças e adolescentes de alta vulnerabilidade social. Além disso, desenvolve um importante trabalho junto às famílias na unidade.

Em entrevista ao Programa Comando das 7, a diretora do Lar, Marina Francisco Gardim falou sobre os desafios, trabalhos e rotina dos assistidos.

Ela frisou que os atendidos estão na faixa de 6 a 17 anos e que participam de atividades que têm como objetivo promover convivência, proporcionar momentos de escuta e desenvolver habilidades.

A irmã Marina pontua que o orfanato recebe jovens e crianças de Montes Claros, e que a maioria é da Vila Mauricéia, Grande Santos Reis e Vila Oliveira.

As atividades são desenvolvidas nos turnos manhã e tarde, durante a semana, e às vezes em alguns sábados.

Marina falou sobre diversos assuntos entre eles adoção, cuidado e amor entre as famílias, e como se pode fazer diferença no ambiente em que se convive. “Todos nós podemos nos comprometer ainda mais. Toda pessoa é chamada é viver a sua própia vida, mas não sozinho. Temos uma vocação comum, a vocação de sermos cidadãos, de transformar a nossa realidade social, de melhorar o ambiente que estamos inseridos, independente da nossa fé, religião. Temos o compromisso de pensar na vida social. Todos podemos contribuir com a realidade social, pois temos dons e talentos diferentes e fazer um divisor de águas, e transformar o mundo em melhor e contribuir com as diversas causas nesse mundo, e nesse caso das crianças e adolescentes. Eles não são o futuro não, eles são o presente e o agora. Podemos fazer a diferença”, frisou.

Ao ser questionada sobre como ela vê o amor entre as famílias hoje, ela respondeu: “Falar de relacionamento entre pais e filhos é uma realidade bastante complexa. Nós sabemos que amor, afeto, cuidade e presença é primordial numa família. Amor não estar apenas estar no dia-a-dia conseguindo tudo que a família necessita para saciar as necessidades materiais. Amor é perder tempo, é ficar junto é passear, édemonstar afeto no cotidiano. Muitos pais estão se esmerando em trabalhar e dar as todas as necessidades materiais para os filhos, mas estão bastante distraídos ao relacionamento mesmo, ao estar junto, dar tempo, cuidado. Isso eu considero primordial para o relacionamento pais e filhos”.


Ouça a entrevista completa aqui

LucilenePorto
Jornalista Rádio Educadora

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